Pesquisar no site


Contato

Arquivo

Anatomia Funcional e contração do Músculo

27/06/2011 00:23
  O corpo possui três tipos de músculos: músculo esquelético, músculo cardíaco e músculo liso. O músculo liso possui organização intracelular diferente dos demais,no entanto a base química da contração muscular é a mesma entre os três tipos de músculos; diferindo na força de contração e...

A Formação da Urina

15/06/2011 20:23
O sistema Urinário é composto por um par de rins, um par de ureteres, uma bexiga urinária e uma uretra. Esses componentes, em conjunto, atuam nas funções de regulação do volume e da composição dos fluidos corporais, removendo as excretas e o excesso de água do corpo e formando a...

O Aparelho Digestivo

15/06/2011 19:28
  Fome, sede, apetite, gazes e a frequência e natureza das defecações são questões que afetam a vida cotidiana de qualquer pessoa.   Esses sinais estão relacionados ao sistema digestório,  uma via de passagem de alimentos formada por um canal alimentar ou trato digestivo e órgãos...

O Mecanismo da Respiração

16/05/2011 15:07
   A respiração é o mecanismo que permite aos seres vivos extrair a energia química armazenada nos alimentos e utilizar essa energia nas diversas atividades metabólicas do organismo.     O sistema respiratório transfere oxigênio do ar para o sangue...

Produtos

Apostila de Anatomia

Apostila de Anatomia
Apostila de Anatomia pronta.doc (2,3 MB) 

Unidade II de Fisiologia

Unidade II de Fisiologia
UNIDADE II.doc (341,5 kB) 

 Origens e Organização Geral do Sistema Nervoso

    O Sistema Nervoso é a suprema rede de comunicação e coordenação do corpo.

    O sistema nervoso dos vertebrados tem origem no folheto embrionário mais externo do embrião: o ectoderma. Ele começa a surgir na terceira semana de vida com o aparecimento no neuroectoderma e, posteriormente, da placa neural, que por sua vez dá origem ao tubo e à crista neural. O tubo neural formará as três vesículas encefálicas primitivas denominadas prosencéfalo, mesencéfalo e romboencéfalo; além de uma região indiferenciada que se transformará na medula espinhal. O prosencéfalo irá dividir-se em telencéfalo e diencéfalo, que formarão o cérebro. O mesencéfalo permanece único. O romboencéfalo, no entanto, originará duas vesículas: o metencéfalo e o mielencéfalo. O metencéfalo dá origem à ponte e ao cerebelo, enquanto o mielencéfalo formará o bulbo.

    Em resumo, a origem ontogenética do sistema nervoso fica assim:

                                TELENCÉFALO

PROSENCÉFALO:                                 }     CÉREBRO

                                 DIENCÉFALO  

 

MESENCÉFALO:                                            MESENCÉFALO                          

 

                                    METENCÉFALO    }     CEREBELO

ROMBOENCÉFALO:                                        PONTE

                                    MIELENCÉFALO    }     BULBO

 

TUBO NEURAL:                                              MEDULA ESPINHAL          

 

      Dessa forma, a partir do tubo neural, são formados ENCÉFALO e MEDULA ESPINHAL, que compõem o Sistema Nervoso Central (SNC).

    Já da crista neural, serão originadas as estruturas do Sistema Nervoso Periférico (SNP).

    Os neurônios são as células mais importantes do tecido nervoso do ponto de vista funcional, pois são as responsáveis pela condução do impulso nervoso, comunicando-se através das sinapses. Eles têm forma e tamanhos variáveis e são constituídos por um corpo celular, ou pericário, e por prolongamentos celulares, que são de dois tipos: dentritos e axônios. E de acordo com o número de prolongamentos eles podem ser unipolares, pseudo-unipolares, bipolares e multipolares; sendo esses últimos os mais numerosos. Contudo, além dos  neurônios, existem as céluas da glia ou neuróglia (astrócitos, oligodendrócitos, microgliócitos e ependimócitos), que apesar de não estarem diretamente envolvidas na recepção e condução do impulsos nervosos, dão suporte estrutural aos neurônios e participam de outros processos importantes.

 

     Os nervos são cordões de coloração esbranquiçada, constituídos essencialmente por fibras nervosas (axônios) protegidas por um envoltório de tecido conjuntivo. A maioria dos nervos possuem dois tipos de fibras: aferentes ou sensitivas e eferentes ou motoras. Em sua porção distal, eles entrarão em contado com os órgãos periféricos através das terminações nervosas. Essas fibras nervosas são capazes de se regenerar lentamente desde que se mantenha intacto o corpo celular. Ao todo, são 12 pares de nervos cranianos (que partem do encéfalo) e 31 pares de nervos espinhais (que se originam na medula espinhal, de cada segmento medular).

 

 Macroscopia do Sistema Nervoso Central

 

    O SNC é composto pelo encéfalo e pela medula espinhal. Todo ele está envolto pelas meninges: dura-máter, aracnóide e pia-máter; que são membranas de tecido conjuntivo. No espaço subaracnóide circula o líquor ou líquido cerebroespinhal, que é um meio de troca de substâncias com o tecido nervoso e fator de proteção na medida em que serve de amortecedor de impacto para a medula espinhal.

    A medula espinhal constitui-se por um cilindro de tecido nervoso contido no canal vertebral, estando envolvida pelas meninges.

Em alguns mamíferos, inclusive na espécie humana, o calibre da medula não é uniforme, visto que possui duas dilatações denominadas intumescências cervical e lombar, por onde saem os nervos que irão inervar os membros superiores e inferiores, respectivamente. Ela é percorrida em toda a sua extensão por sulcos longitudinais. Dos sulcos laterias da medula se originam os nervos espinhais. Estes são formados por duas raízes, uma ventral ou anterior (sensitiva) e outra dorsal ou posterior (motora); estas se unem e formam um gânglio espinhal que é continuado pelo nervo espinhal. Como trata-se de pares de nervos espinhais, é afirmativo que saem duas raízes de cada lado do segmento medular (porção da medula que dá origem a um par de nervos espinhais). A substância cinzenta (que contém corpos neuronais) se encontra centralizada em forma de H medular e a substânica branca (que contém prolongamentos neuronais) está na periferia.

Superiormente à medula, encontra-se o tronco encefálico, dividindo-se em bulbo, ponte e mesencéfalo.

    O bulbo é a continuação direta da medula espinhal e esse limite é tangente à região do nascimento do primeiro nervo cervical (C1). É no bulbo que se encontra a decussação das pirâmides, onde há o cruzamento das fibras motoras; sendo por essa razão que o hemisfério esquerdo do cérebro comanda a musculatura do lado direito do corpo e vice-versa. Nele também estão localizadas as olivas (agrupamentos de neurônios). 

A ponte é a parte média do tronco encefálico. Dela saem os pedúnculos cerebelares médios, constituídos por fibras nervosas que penetram no cerebelo; e está evidenciada uma depressão que aloja a artéria basilar: o sulco da artéria basilar.

O mesencéfalo é representado pelos pedúnculos cerebrais. Nele se localizam a substância negra, o núcleo rubro e uma cavidade denominada aqueduto cerebral (por onde circula o líquor e que comunica o 3º com o 4º ventrículo).

A maior parte da face posterior do tronco encefálico é constituída pelo assoalho do 4º ventrículo.

É do tronco encefálico que emergem 10 pares de nervos cranianos, 2 deles se originam no cérebro, totalizando 12 pares.

 

     O cerebelo situa-se posteriormente ao tronco encefálico e inferiormente à região mais posteiror do cérebro. Estando ligado ao primeiro por três pedúnculos cerebelares de cada lado. Nele, a substância cinzenta de dispõe externamente, formando o córtex cerebelar, ao passo que internamente dica a substância branca, constituindo o corpo medular do cerebelo. No corpo medular do cerebelo se encontram os núcleos centrais do cerebelo (aglomerados de neurônios com aspecto semelhante). O cerebelo está constituído por três lobos: anterior, posterior e flóculo-nodular; que são separados entre si pelas fissuras prima e póstero-lateral.

O cérebro, a porção mas desenvolvida do SNC, é formado pelo telencéfalo e pelo diencéfalo. Como no cerebelo, a substância cinzenta está disposta mais externamente, costituindo o córtex cerebral, ficando a substância branca internamente, o centro branco medular. O diencéfalo origina quatro regiões: o tálamo, o hipotálamo, o epitálamo e o subtálamo; quase todas fazem parte do 3º ventrículo. No hipotálamo está o infundíbulo da hipófise, que é contínuo com essa glândula.

Os hemisférios cerebrais são originados da vesícula telencefálica no embrião e estão separados pela fissura longitudinal do cérebro. Cada hemisfério possui 5 lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e ínsula. Esse último se situa internamente. E são delimitados por sulcos. Na face medial do hemisfério cerebral é evidente o corpo caloso, por onde há o cruzamento das fibras nervosas de cada hemisfério. No centro branco medular do cérebro estão os núcleos da base (caudado, lentiforme e amigdalóide), aglomerados de substância cinzenta.

 

Além disso, também é possível visualizar os ventrículos laterais, um em cada hemisfério. Dentro deles estão os plexos corióides, responsáveis pela produção de líquor. O mesmo é produzido a partir do sangue e retorna a ele quando reabsorvido pelas granulações aracnóideas. Essa circulação do líquor é extremamente importante pois o seu acúmulo no interior das cavidades do SNC pode ocasionar as chamadas "hidrocefalias".

O SNC é irrigado basicamente pelos sistemas carotídeo e vertebral. A circulação cerebral é demasiadamente importante, visto que as células nervosas exigem um suprimento contínuo de oxigênio e glicose para o seu metabolismo. O interrupmento dessa circulação por poucos segundos é suficiente para causar perda de consciência, e o seu prolongamento por alguns minutos pode causar danos irreversíveis e até mesmo a morte.

 

 

Mensagem